Autora: Jéssica Alves Ferreira
Novas gerações começam a tomar conta do mundo corporativo e se destacam pelo dinamismo, criatividade e busca constante por desafios. Contudo, em meio a tantos atributos, um ponto entra em choque com as necessidades da organização: o aproveitamento completo de sua carga-horária. Pensando nisso, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios realizou uma pesquisa com o seguinte questionamento: “Como você otimiza seu tempo no trabalho?”. O estudo ocorreu entre 1º e 12 de maio de 2017 e contou com a participação de 22.445 pessoas de todo o Brasil, com idade entre 15 e 26 anos. O resultado revelou diferentes formas de controle da rotina.
Dentre cinco alternativas de resposta, a mais votada foi “planejo todas as minhas atividades”, indicada por 47,2% ou 10.595 jovens. Segundo Jéssica Alves Ferreira, analista de treinamento do Nube, para quem tem esse hábito, um contraponto pode ser os imprevistos. “Portanto, ao se programar, é necessário deixar um período livre, cerca de 30% do seu dia, a fim de atender às demandas de última hora e não impactar as tarefas planejadas anteriormente”, justifica.
Com 17,31% (3.886), a opção “sou sempre objetivo”, ficou como segunda colocada nas preferências da juventude para obter maior rendimento. Quem tem esse perfil, no entanto, deve se atentar mais aos detalhes. “Às vezes, ignorar um pequeno ponto pode alterar todo o produto final. Logo, pratique a escuta ativa e tenha empatia. Busque entender a real necessidade do cliente e das suas funções, para de fato saná-las”, justifica.
Logo na sequência, 15,54% (3.488 votantes) disseram: “foco na tarefa de maior retorno para a empresa”. Quando se trata de gestão do tempo, definir prioridades é realmente a melhor maneira de se preparar. Para isso, os objetivos devem ser divididos em níveis de dificuldade e de importância. “Todos os afazeres, inclusive os de maior rentabilidade para a corporação, devem ser realizados conforme os níveis de complexidade, visando sempre partir do mais complicado para o mais fácil”, instrui a especialista.
Ainda assim, há quem opte por cuidar individualmente de cada item e 11,47% (2.574) afirmaram: “faço uma coisa de cada vez”. De acordo com a analista, diferente do pensamento da grande maioria, essa é a melhor forma de atingir os resultados esperados. “A multitarefa traz a sensação de produtividade, mas, na realidade, o colaborador não se concentra como deveria, gerando erros e retrabalho”, revela.
Por fim, 8,47% (1.902) dizem “evito me dispersar com futilidades” e esse é um ponto realmente importante. Afinal, devido à alta gama de facilidades tecnológicas, existem diversas possibilidades de perder muitas horas com atividades pouco ou nada relevantes para a organização. São os desperdiçadores, tais como: o uso do celular e de redes sociais, acesso a e-mails pessoais e leitura de blogs e sites com o conteúdo de interesse particular. “Logo, avalie quais são as melhores técnicas para desenvolver suas ocupações e não jogue oportunidades ao vento”, finaliza Jéssica.